terça-feira, 2 de junho de 2015

O mundo imersivo e interativo de Skyrim

Quando falamos do avanço tecnológico e do conteúdo de um videogame é impossível deixar de fora a imersão que você tem na sua experiência com o jogo. Normalmente dois jogadores tem imersões e experiências parecidas, principalmente em jogos lineares, onde o jogador enfrenta uma fase após a outra sem muitas escolhas dos caminhos à tomar, decisões à fazer e táticas para resolver os desafios. São os típicos jogos de onde o jogador vai do ponto A até o ponto B, enfrentando desafios e obstáculos que ficam em seu caminho. Note que esse tipo de linearidade não é necessariamente algo ruim. Vários títulos famosos e importantes, jogos que não param no tempo e são consagrados nos dias de hoje são jogos lineares, como o famoso Super Mario, onde o jogador tem que ir do início da fase até a bandeira no final, e Zelda, onde a experiência também é bem linear, tanto que há detonados que mostram tudo que deve ser feito para o jogo ser zerado. Nesses jogos não há escolhas a fazer, os jogadores jogam com um mesmo personagem e, quando forem jogar de novo, vão ter uma experiência igual à que tiveram antes, talvez até mais fácil por já saber enfrentar os mesmos desafios.
Esse não é o caso da série "The Elders Scrolls", da Bethesda, e muito menos do "The Elder Scrolls V: Skyrim". Esses jogos são conhecidos como jogos de RPG.
RPG é a sigla para "Role Playing Game", que seria jogo de interpretação de papéis. Esse tipo de jogo consiste do jogador interpretar um personagem criado por ele e agir como se fosse esse personagem. Os RPGs começaram e ainda são lançados como jogos de tabuleiro, onde uma pessoa, conhecida como Mestre, cria as aventuras, desafios e personagens que os jogadores vão enfrentar. Existem vários diferentes sistemas de regras de RPG, sendo um dos mais conhecidos "Dungeons and Dragons". Os sistemas de regras são vendidos em livros com tabelas, fichas, instruções de criação de personagem e dicas para o Mestre criar sua aventura. Cada aventura é diferente da outra porque no RPG os personagens podem fazer o que quiser. Por se tratar de um jogo que usa a imaginação do jogador, ele pode fazer qualquer ação que tenha em mente, pode criar seu personagem de acordo com sua vontade e pode usar diferentes táticas para sobrepor os desafios que o Mestre apresenta e narra para ele e seus colegas. Para jogar um RPG não é necessário muito investimento em dinheiro, porém, se você quiser aprender a ser um Mestre e começar sua própria aventura, deverá ler os livros de regras, que podem ser um pouco complicados. Há vários livros para aprender as regras do jogo, porém aqui será recomendado o sistema "Dungeons and Dragons", que é um dos mais simples. Esse sistema tem três livros de regras básicos: o Livro do Jogador, que dita as regas principais de um RPG, o Livro do Mestre, que contém as regras principais para criar a aventura, ou seja, apenas o Mestre precisa ler os livros e o Livro dos Monstros, que é uma extensão do Livro do Mestre que descreve as criaturas num RPG, seus atributos e seus comportamentos.
Para jogar também tem como requisito dados de RPG, sendo eles os dados de 20, 12, 10, 8, 6 e 4 faces. Esses são comercializados na maioria das lojas de quadrinhos, como a Comix, que vende esses dados por unidade ou todo o conjunto. Com cerca de 35 reais é possível comprar todos eles avulsos, porém há conjuntos por volta de 60 reais de dados, também vendidos nessas lojas.
Agora, de volta à "Elders Scrolls V: Skyrim". Esse jogo é um jogo de RPG com mundo aberto (o jogador pode explorar todo o mapa à vontade) lançado pela Bethesda Softworks lançado em 11 de novembro de 2011, disponível para Xbox 360, Playstation 3 e PC. Jogo que conquistou pontuações altíssimas em reviews e foi eleito jogo do ano no "Video Game Awards".
O enredo do jogo é um dos seus principais pontos positivos.
Skyrim é o reino onde se passa o jogo. No momento que se passa um jogo, o Jarl (espécie de nobre regente de uma parte de Skyrim, sendo apenas submetido ao rei, que é submetido ao imperador) Ulfric Stormcloak está em guerra declarada ao Império que rege boa parte dos reinos. Os Nórdicos, povo nativo de Skyrim, lutam contra o Império principalmente por criminalizar o culto ao deus nórdico Talos. Ulfric Stormcloak mata o rei de Skyrim e coloca mais lenha na fogueira dessa guerra. Você começa como um prisioneiro capturado pelo Império por tentar fugir de Skyrim nesses tempos sangrentos. Juntos com você, vários soldados rebeldes e o próprio líder deles, Ulfric. Durante a execução dos soldados, um grande dragão, criatura que não era nada além de uma lenda, aparece e da a chance de você, alguns soldados e Ulfric fugirem. Porém não pense que o império será necessariamente seu inimigo. Em sua fuga você pode tomar o caminho de seguir um dos soldados Stormcloaks (como são chamados os rebeldes de Ulfric) ou seguir um soldado do Império. Mais tarde no jogo, você pode decidir qual exército você quer se juntar, ou apenas não tomar partido. Ao sair da cidade, você deve descobrir a razão pela volta dos dragões em Skyrim, que antes eram lendas.
Porém, o enredo elogiado não é por conter um único enredo e sim uma rede gigante de histórias, missões e aventuras possíveis em um único jogo. Todos os personagens do jogo tem algo a contar, a pedir, a discutir e a falar. Você está caminhando por uma estrada deserta e vê um Orc (um das raças racionais de criaturas humanoides do jogo) lutando com alguns lobos. Falando com ele você descobre que ele está velho e quer morrer honrado numa batalha, e pede à você para dar a honra de lutar com ele e tentar lhe dar um fim glorioso. Você pode aceitar o desafio e enfrentar o guerreiro ou simplesmente recusa-lo, lhe mandar boa sorte, e continuar seu caminho. São esses pequenos encontros que, juntos, formam um mundo com vida própria, que não depende de você para funcionar. São também essas escolhas que fazer a experiência de jogo ser diferente para cada jogar, coisa que não acontece num jogo linear. Várias das escolhas dos jogadores podem acarretar em mudanças que te seguem em toda sua jogatina. Por exemplo, vamos começar com uma das primeiras escolhas do jogador: sua raça.
Nesse jogo você pode criar seu personagem, decidir seu corte de cabelo, modificar sua face, corpo, barba, entre vários outros atributos. Um deles é a raça do seu personagem, que não precisa ser necessariamente humano.
Caso você escolha uma raça como Orc (como ao lado), os habitantes de Skyrim, podem não gostar de você simplesmente por ser dessa raça (sim, nesse jogo há xenofobia). Em compensação, os Orcs que habitam essas terras podem ser mais amigáveis com você.
Durante sua jogatina você pode usar diferentes armas, feitiços e habilidades para concluir qualquer objetivo do jogo, que podem ser matar dragões, salvar reféns, eliminar ladrões num acampamento próximo, mandar mensagens e mais uma quantidade nunca vista antes de diferentes coisas à fazer e lugares à explorar. O mapa do jogo é colossal, recheado com montanhas gigantes, fortalezas, cidades, rios, florestas, cavernas, ruínas e muitos segredos e também é habitado por gigantes, mamutes, dragões, elfos, humanos, mortos vivos e um monte de inimigos para enfrentar. A quantidade de lugares e criaturas presentes nesse jogo chega à uma diversidade que é quase impossível de descrever em um único post.
Além disso, você vai provavelmente parar e usar seu tempo de jogo lendo livros nas livrarias da cidade, arrumando sua casa, procurando tesouros, roubando pessoas, falando com estranhos e outras coisas, que, apesar de parecerem banais, tomam um bom tempo de sua experiência com o jogo e lhe rendem muita diversão.
A trilha sonora desse jogo também é algo majestoso. Por mais fácil que seja uma luta com alguns bandidos, você vai se sentir incrivelmente imerso com a trilha sonora épica desse jogo, com musicas incríveis em suas explorações e lutas.
Poucos jogos te imergem tanto quanto Skyrim. Ao jogar esse jogo, você se sente conectado à um mundo novo que lhe obriga à ser explorado, à conhecer todas as histórias e personagens nele e à interagir com o maior número de coisas possíveis. Skyrim, sem dúvida, é um dos jogos de hoje que mais se assemelha à liberdade do RPG de mesa. Skyrim é um dos títulos obrigatórios para a geração passada de videogames, e será um jogo que vai ser lembrado por anos.
Caso queira ver mais Skyrim ou RPG na MIDIALHERIA, comente no post.

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